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Do interior para o mundo: estudante mostra como a Administração pode romper fronteiras

Guilherme Cavalcante é um jovem que não quer perder tempo, aos 20 anos já foi premiado com Menção Honrosa na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP – ed. 2018) e uma medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA – 2012). Na área de Administração não poderia ser diferente, possui três artigos publicados, uma medalha na 1ª edição da Olimpíada Brasileira de Administração, e continua motivado a fazer mais.

Natural de Monte Alegre do Piauí, cidade do interior com mais de 700 quilômetros de distância da capital Teresina (PI), e com cerca de 10 mil habitantes, Guilherme carrega consigo um ensinamento da mãe: “se for fazer algo, faça para ser o melhor”. Por isso, ele busca aproveitar ao máximo o que a universidade UniCesumar proporciona.

De acordo com ele, “tem muita oportunidade chegando e o tempo está voando”. Atualmente, trabalha pela manhã em um escritório de advocacia, como assistente administrativo, e afirma que consegue ver na prática as matérias de administração, além de entender como as coisas funcionam na realidade.

O aluno do 7° semestre de administração conta que desde pequeno tinha interesse em saber  como “pessoas elegantes das reportagens de jornal conseguiam cuidar de empresas tão grandes”. Apesar de ter passado por outros interesses, como  astronomia e matemática, sempre voltava ao ramo gerencial e queria saber como era possível tirar tantas informações de organização, resultados, estratégias e etc. 

Quando Cavalcante foi para o ensino médio, começou a explorar a gestão financeira e o empreendedorismo. Mas foi durante a pandemia que a curiosidade pela administração virou certeza e se firmou como escolha para o futuro.

 

CFA – O que o interior te ensinou que as capitais não aprenderam? 

Minha cidade pequena me ensinou muita coisa que talvez passe despercebida em cidades grandes. Aqui, as pessoas se conhecem, são mais próximas, e isso me fez desenvolver um olhar mais atento para a experiência do consumidor. Às vezes, só numa conversa, a gente já recebe um feedback valioso. E aqui no interior, o boca a boca é forte, e as notícias correm rápido. Isso me fez perceber a importância de oferecer um serviço tão bom que as pessoas falem dele por vontade própria. Tudo isso foi moldando minha visão da administração: algo bem próximo das pessoas, mas com muita estratégia envolvida.

E quando você percebeu que a administração era sua vocação? Teve um momento “ah, é isso que eu quero”? 

Naquele momento da pandemia, isso ficou claro para mim. Eu estava ouvindo muitos podcasts sobre sistemas de gestão, empreendedorismo, finanças, etc., e pensava: cara, eu gosto muito de escutar isso! Chegava a sorrir ouvindo, comentando em voz alta, como se fizesse parte da conversa. Gostava de ouvir as experiências e pensar como aplicar na prática. Ainda nesse início de pandemia, quando minha cidade não tinha sido tão afetada, comecei a vender artesanato pelo Instagram, incentivado por pessoas próximas. Apliquei estratégias simples: gestão e fluxo de caixa, marketing digital, calendário de conteúdo… até comecei a aprender artes digitais. Recebi feedbacks bem legais e curti muito todo esse processo. A ponto de pensar é isso que eu quero para mim! Porque mesmo quando eu não estava escutando podcast, ou focado 100% nas vendas, eu ainda ficava com aquilo na cabeça, pensando em estratégias, em melhorias. Então, foi aí que eu percebi: era aquilo mesmo que eu queria seguir para a minha vida.

Administração é o curso ‘de quem não sabe o que fazer’? Como você rebateria essa visão? 

Talvez a administração seja mesmo o curso de quem não sabe o que fazer primeiro — porque as possibilidades dentro da área são muitas. O curso é amplo e não forma um especialista em uma só área, mas dá uma base geral: passamos por RH, produção, logística, marketing, finanças, sustentabilidade, responsabilidade social, entre outras matérias. Então, dizer que quem escolhe administração não sabe o que quer pode até ter um certo sentido, se a gente pensar que esse é um curso que te dá opções. E, sim, em praticamente todo lugar vai ter espaço para um administrador. Mas afirmar que o curso é de quem não sabe o que fazer da vida não é verdade. Muita gente escolhe justamente por saber que quer crescer dentro de uma empresa, ter flexibilidade, atuar em diferentes setores ou abrir o próprio negócio. A administração é uma escolha estratégica de quem está buscando oportunidades reais de se profissionalizar com a vantagem de poder seguir por caminhos diferentes dentro da mesma formação.

A gente sempre o via você acompanhando as lives do CFAPlay, dando bom dia, participando ativamente dos assuntos. Como é ser um estudante de administração que está sempre “conectado” com as novidades da área? O que você faz para se manter atualizado? 

A gente precisa ser mais flexível. Então, hoje em dia eu fico sempre alerta para quando vai ter alguma live no CFAPlay ou até na minha própria universidade, e vou me organizando com o tempo que tenho para conseguir assistir. Eu gosto de ficar conectado justamente para entender o que está acontecendo na minha área. Mas a verdade é que tem muita coisa acontecendo num ritmo muito acelerado, e a gente precisa encontrar formas de acompanhar isso. Essas lives com especialistas que têm experiência real em diferentes áreas da administração me ajudam muito. Mesmo que eu não vá lembrar de tudo que foi dito, só de escutar, de refletir, de começar a desenvolver um raciocínio mais estratégico sobre aqueles assuntos já agrega demais — tanto para o meu curso quanto para uma atuação mais intensa na profissão.

Em relação ao CFA e aos CRAs, por que é importante para um futuro administrador acompanhar as ações do Conselho? 

Acho que é importante acompanhar as ações do CFA e dos CRAs, porque não damos conta de tudo sozinhos, mesmo com tantas ferramentas dentro da nossa área. Ter esses órgãos, com pessoas focadas em fomentar conhecimento, organizar iniciativas e discutir as normas da profissão, ajuda muito. Eles fiscalizam, mas também apoiam — e esse apoio, principalmente em relação ao conhecimento, é essencial. As lives do CFAPlay, a Revista Brasileira de Administração (RBA), todos os projetos que eles promovem mostram o tanto de coisa boa que a administração tem para oferecer. É importante que mais gente veja isso, se aprofunde e entenda que administração não é o curso de quem não sabe o que quer, como muita gente fala. É o curso de quem sabe, sim, o que quer — e que entende a importância de estar ligado no que acontece na área. Porque, no fim das contas, é administração. E se a gente escolheu essa área, nada mais justo do que também saber administrar o que acontece dentro dela, né?

Você publicou um artigo, em 2023, no Portal Gestor. O que te motivou a escrever sobre ‘Princípios da liderança de sucesso na indústria 4.0’?

Aquele foi um momento em que eu já estava bem envolvido com as atividades da universidade, principalmente acompanhando as lives semanais do programa Mercado e Companhia. Os professores discutiam temas relevantes de forma descontraída, com espaço para interação, e eu participava bastante no chat, às vezes até demais (risos). Por volta de agosto ou setembro de 2023, foi anunciado que os alunos poderiam escrever artigos de opinião voltados para os cursos da área de gestão, e eu achei a ideia interessante. Um dos professores que sabia da minha presença frequente na live até mencionou meu nome como incentivo, o que me animou ainda mais e logo comecei a pensar em um tema. Demorei mais de um mês para concluir o artigo, mas foi uma construção muito valiosa. Quis fugir um pouco das teorias do passado e fazer um paralelo entre o que já aconteceu, do que está acontecendo agora e o que está por vir — principalmente nesse cenário de mudanças aceleradas com a Indústria 4.0. Foi aí que surgiu a ideia de falar sobre liderança nesse novo contexto. Pensei: com tanta tecnologia, como liderar equipes hoje em dia? Que tipo de líder o mundo precisa agora? Lembrei de uma aula sobre soft skills e de como algumas dessas habilidades continuam sendo essenciais. A partir disso, escrevi o artigo provocando a reflexão sobre como liderar em um mundo cada vez mais digital, sem esquecer o lado humano.

No artigo, você defende que “o líder 4.0 é alguém flexível, comunicativo, curioso, tecnológico e com visão de longo prazo”. Como surgiu essa ideia? 

Essa ideia veio de uma mistura de vivências minhas e da observação de pessoas que admiro, como Jeff Bezos, Steve Jobs e Bill Gates. Eles tinham algo em comum: pensavam no futuro e não estavam presos ao agora, mas atentos ao que ainda viria. Essa curiosidade é algo com que sempre me identifiquei. Desde pequeno, minha mãe dizia que eu era curioso demais — fazia perguntas o tempo todo, e até hoje sou assim. Gosto de pensar sobre o que vem pela frente. E o futuro, sem dúvidas, será cada vez mais tecnológico, por isso o administrador precisa acompanhar esse movimento e ter no mínimo um conhecimento dessa área. Inclusive, tenho o sonho de ter uma empresa de desenvolvimento de jogos — algo diretamente ligado à tecnologia e que exige uma liderança bem estruturada. A comunicação, por exemplo, é essencial. Um professor meu, na disciplina de Comunicação Empresarial, disse algo que nunca esqueci: “comunicar é o que o administrador mais faz”. E é verdade. Podemos planejar tudo, mas sem comunicação, nada se sustenta. E, para tudo isso funcionar, o líder também precisa ser flexível. Com tantas mudanças acontecendo, ser rígido demais pode atrapalhar a adaptação e o entendimento desse novo cenário. Foi por isso que defendi essas características no artigo. Elas representam o tipo de liderança que acredito ser essencial para o presente — e principalmente para o futuro.

Existe a opinião de que o ‘Brasil nem chegou na Indústria 3.0 direito’, devido à industrialização tardia e à informatização e implementação de tecnologia adotadas. Por que, então, deveríamos nos preocupar com a indústria 4.0? 

É verdade que o Brasil ainda tem muito a melhorar em termos de industrialização e uso de tecnologia. Ouve-se muito que nem chegamos à Indústria 3.0, e eu entendo esse ponto; mas mesmo com esse atraso, não podemos ignorar o avanço da Indústria 4.0. O mundo está globalizado e conectado, e as mudanças tecnológicas não estão mais restritas só aos países desenvolvidos. Um exemplo é o boom do ChatGPT. Apesar de ser uma ferramenta amplamente usada em outros lugares, aqui no Brasil muita gente ainda está descobrindo seu potencial. Mesmo assim, ela chegou até nós e vai continuar aumentando o uso, assim como outras tecnologias. A verdade é que, mesmo com limitações em infraestrutura ou formação tecnológica, em várias regiões do Brasil essas inovações já fazem parte do nosso dia a dia e tudo isso já está começando a transformar a forma como a gente trabalha e vive. Por isso, mesmo estando na adaptação à Indústria 3.0, não podemos deixar de olhar para frente. A Indústria 4.0 já está aí, e quem se antecipa a essas mudanças sai na frente. A gente precisa se preparar, porque quem se antecipa aprende a lidar com essas mudanças e entende como tirar proveito delas.

Você chegou a receber algum feedback pelo artigo? 

Recebi feedbacks bem legais depois que o artigo foi publicado. O primeiro veio através do perfil do Instagram do meu curso, onde foi comentado que os professores tinham gostado bastante. Isso já foi um ótimo sinal para mim, pois se eles elogiaram, o conteúdo tinha fundamento. Depois, vieram outros comentários positivos de colegas, familiares e amigos. Mostrei o artigo e foi muito bacana ver que eles realmente leram e gostaram. Alguns parabenizaram, elogiaram a escrita e relataram como o texto trouxe as informações de maneira interessante e acessível. Esse retorno foi muito importante para mim. Saber que consegui escrever algo que chamou a atenção, que teve boa recepção e que as pessoas conseguiram entender, se interessando pelo conteúdo foi muito gratificante. Mostrou que o tema, além de relevante, foi bem tratado e fez sentido para quem leu.

Vimos que você conquistou a medalha de prata da 1ª edição da Olimpíada Brasileira de Administração. Como foi participar da Olimpíada? 

No primeiro momento foi um espanto saber que ia ter essa Olimpíada. Não estava esperando, me perdi no calendário e quando fui ver, já estava faltando pouco mais de um mês para o início, logo pensei: caramba, eu tenho que participar disso. Antes de qualquer coisa, eu preciso agradecer ao meu professor William Aires, que foi meu professor formador na disciplina de Sustentabilidade e Responsabilidade Social. Ele me ensinou muito sobre os ODS e os impactos do desenvolvimento sustentável nas empresas e na sociedade. Mas o que mais me marcou foram os desafios gamificados. Ter jogo em uma competição de administração foi algo que me atraiu e divertiu. Um jogo, em particular, onde a gente equilibrava produção, energia, poluição e desmatamento foi tão legal que cheguei a virar uma noite jogando. Foi uma experiência rica, divertida e, ao mesmo tempo, que trouxe uma reflexão séria. Porque participar dessa Olimpíada me fez lembrar que administrar não é só cortar gastos ou buscar lucro. A gente também precisa pensar em como fazer isso de forma sustentável, com foco não apenas na empresa, mas também na sociedade, que é quem realmente sente os impactos.

O que ninguém te perguntou sobre essa conquista, mas deveria? 

Acho que seria sobre qual é a real importância dessa Olimpíada. Claro que tem o lado pessoal, a satisfação de ganhar uma medalha, e eu tenho esse lado competitivo, sim. Mas vai muito além disso. Participar da OBAdm me fez perceber que, às vezes, se estuda administração focado no que aquilo pode trazer de retorno, nas oportunidades de emprego, e se esquece de olhar um pouco mais para fora da caixinha, sabe? A Olimpíada mostrou que, com o conhecimento de administração e sustentabilidade, podemos ir muito além e realmente contribuir para o desenvolvimento sustentável. Outro ponto foi o reconhecimento com a medalha. Minha universidade é grande, EAD, com muitos alunos de destaque. Ser citado, elogiado pelos professores e valorizado pelos colegas teve um significado muito grande para mim. E, aqui no CFA, ter o apoio e reconhecimento também foi motivador. No fim das contas, essa experiência toda serve como um lembrete: que a gente enfrenta desafios, sim, mas que também tem várias formas de resolver esses desafios. Os jogos mostraram que não há só um caminho certo, e que podemos pensar de maneira estratégica, criativa e sustentável. Essa mensagem é algo que vou levar para minha profissão: de que as possibilidades são grandes, e que com esforço e dedicação, a gente sempre pode ir além do que imaginou.

A OBAdm desafiou vocês a criar soluções sustentáveis para as empresas. Na prática, o que impede que essas ideias virem realidade no Brasil? 

Acho que o que impede muitas ideias sustentáveis de saírem do papel é que quem tem poder de decisão ainda não percebe de verdade os benefícios — até para os próprios negócios. A gente continua explorando os recursos naturais como se fossem infinitos e esquece que isso traz consequências sérias. E não só para o meio ambiente, nas empresas também, nas pessoas que dependem delas, nos consumidores; na economia como um todo. Esses problemas vão se acumulando: primeiro é o ambiental, depois vem o social, o financeiro e até o de saúde. Tudo isso poderia ser evitado com uma visão mais estratégica e sustentável. Se a lógica continuar sendo a de explorar agora para lucrar mais depois, o que vai sobrar no futuro? Acho que falta essa reflexão de entender que sustentabilidade não é só uma ideia bonita no papel, é uma necessidade real. E o lucro imediato pode virar prejuízo mais adiante. É por isso que iniciativas como a OBAdm são tão importantes. Elas mostram que dá para fazer diferente e que quem começa a pensar nisso agora vai estar muito mais preparado para o que vem pela frente.

No seu artigo, você fala sobre liderança na Indústria 4.0. Como conciliar essa visão tecnológica com os ODS, que exigem responsabilidade social?

A conciliação entre a indústria 4.0 e a responsabilidade social começa quando a gente entende que a tecnologia é uma ferramenta, não um fim. Hoje, já usamos recursos tecnológicos para automatizar processos, tomar decisões rápidas, analisar dados…, e o mundo está caminhando cada vez mais nessa direção. Com isso, a gente começa a se perguntar o que dá para esperar do futuro com tudo isso?  E, mais importante, o que a gente pode fazer com isso para melhorar de verdade? As tecnologias estão mais inteligentes, acessíveis e rápidas, elas podem, e devem, nos ajudar a encontrar soluções mais humanas e sustentáveis. Mas a gente não pode esquecer que toda moeda tem dois lados. Para que essas tecnologias existam e funcionem, elas consomem recursos naturais, energia, internet, infraestrutura… tudo isso impacta diretamente no meio ambiente. Mais do que só aproveitar os benefícios tecnológicos, a gente precisa aprender a equilibrar, pensar no longo prazo, considerar as consequências e buscar formas de fazer diferente. Isso exige planejamento e uma postura ativa, curiosidade para estratégias mais sustentáveis, flexibilidade nos processos e — talvez o mais importante— saber comunicar essas ideias para que mais pessoas enxerguem esse caminho. É isso que a indústria 4.0 propõe: uma liderança capaz de pensar estrategicamente, mas sem abrir mão da responsabilidade social e ambiental.

Qual conselho você daria para outros jovens do interior que, como você, querem construir um futuro brilhante, mas talvez tenham dúvidas sobre o caminho? 

Meu conselho é que insistam. Insistam no que vocês acreditam, insistam que é possível, que vocês podem, sim, fazer acontecer. Se tem uma coisa que eu aprendi é que o “não” a gente já tem, então a gente corre atrás do “sim”. Gosto muito dessa frase, porque se eu tivesse deixado os desafios me desanimarem, com certeza eu já teria desistido lá atrás. Quando tentei entrar na universidade pelo Enem, por exemplo, eu não consegui revisar o conteúdo da prova como eu queria. A minha média não foi tão boa, as chances de conseguir a bolsa eram baixas, mas ainda assim, eu fui lá e tentei. E deu certo. No início da faculdade, eu não tinha computador, estudava pelo celular e meu polo fica a duas horas e meia da minha cidade. Não foi fácil, mas eu continuei. Hoje, tenho um computador, participo das atividades da universidade, dos projetos do CFA, e até de outros eventos que vão surgindo. Claro, nem sempre é fácil conciliar tudo, principalmente agora, no quarto ano, com as disciplinas mais exigentes, mas eu continuo insistindo. Se é isso que eu quero, eu preciso fazer dar certo. Então, insistam e continuem insistindo. Mesmo que pareça difícil, que o caminho seja longo, que leve mais tempo ou não saia tudo como a gente planeja. Continuem correndo atrás dos seus sonhos.

 

Ana Clara de Lima
Estagiária de jornalismo, sob supervisão.

Assessoria de Comunicação CFA